Madeira reforça certificação de Destino Turístico Sustentável

A Região Autónoma da Madeira alcançou o terceiro nível do selo Prata. Renova, assim, a certificação como “Destino Turístico Sustentável”, de acordo com os exigentes critérios da norma para Destinos Sustentáveis, da EarthCheck, entidade acreditada pela Global Sustainable Tourism Council - GSTC e líder mundial em certificação de destinos turísticos.
A aprovação aconteceu após a realização da auditoria entre os dias 24 e 28 de fevereiro do corrente ano, e cujos resultados foram agora conhecidos.
Este é o terceiro ano de certificação, em que o Auditor Independente avaliou, de forma minuciosa, o grau de conformidade das evidências documentais apresentadas, o que inclui cerca de 361 critérios qualitativos e 75 indicadores quantitativos, entrevistou representantes do Grupo de Trabalho Interno e efetuou visitas a um conjunto de infraestruturas públicas e privadas na Região.
Neste procedimentos, as infraestruturas avaliadas podem incluir ETAs, ETARs e ETARIs, Centrais de Produção de Energia Elétrica, Instalações de Tratamento de Resíduos, Instalações Industriais, Instalações de lazer e desporto de acesso público, Instalações e/ou entidades relacionadas com a proteção e conservação da Natureza, sítios de interesse turístico, sítios de interesse cultural, de modo a que sejam aferidos diferentes aspetos de alinhamento do Destino com as 12 áreas-chave do padrão normativo de referência.
As auditorias repetem-se anualmente, numa ótica de melhoria continua do desempenho, com progressivo aumento do nível de exigência, neste caso o nível III do selo Prata, depois de o Destino ter alcançado em 2024 o nível II e, em, 2023 o nível I do selo de prata.
Recorde-se que o processo de certificação é liderado pela Secretaria Regional de Turismo, Ambiente e Cultura, através da Direção Regional do Turismo – Direção de Serviços de Qualificação Turística, contando com a assessoria do IPDT - Instituto de Planeamento de Desenvolvimento do Turismo, sendo a EarthCheck, a entidade certificadora, responsável pela realização das auditorias ao Destino, realizadas em dezembro de 2022, fevereiro de 2024 e 2025.
São várias as entidades locais, que integram a Estrutura de Gestão de Sustentabilidade do Destino – DMO, que se dividem em três Grupos de Trabalho: 4 “Greens teams” “Grupo Interno” e um Conselho Consultivo. Estes reúnem um conjunto alargado de entidades, nomeadamente Direções Regionais, Institutos, representantes das autarquias, entidades públicas, associativas ou privadas, e, ainda, organizações não governamentais – ONG´s num total de cerca de 90 entidades.
Estes grupos de trabalho, além de acompanharem, analisarem, debaterem, emitirem pareceres e fazerem recomendações sobre o processo de certificação da RAM, têm uma colaboração ativa na revisão e elaboração dos vários documentos obrigatórios. É o caso da Política de Sustentabilidade, na Avaliação de Riscos e no Plano de Ação 2022-2030, que presentemente reúne um conjunto de 300 ações, entre Grupo interno de trabalho e as 4 “Green teams”.
Durante a auditoria realizada em fevereiro do corrente, foi ainda realçado o aumento gradual do envolvimento das entidades que, desde 2022, participam neste projeto, o que evidencia o seu compromisso em prol do desenvolvimento sustentável da RAM nos quatro pilares - ambiental, cultural, económico e social.
Como todos os anos, a auditoria foi precedida do “benchmarking”, cujo relatório é emitido anualmente pela EarthCheck (documento informativo relativo à performance sustentável do destino) e que consiste numa avaliação e análise comparativa com outros Destinos Internacionais de um conjunto de indicadores nas áreas da energia, recursos hídricos, resíduos, biodiversidade, emissões de gases com efeito de estufa, economia, sociedade e cultura. Os resultados revelam que em 15 dos 29 indicadores analisados o desempenho da Região está ao nível ou acima da média.
Como melhores práticas no Destino, referentes ao ano de 2023, distinguem-se: a dimensão das áreas protegidas (58% do território) e dos espaços verdes (87% do território); o volume de resíduos depositados em aterro, 20 litros/pessoa, um desempenho muito superior à melhor prática registada (620 litros/pessoa), a qualidade das águas balneares (99,5% conformes), e ainda, a Taxa de homicídios, roubos e furtos, revelando assim desempenhos nestas dimensões muito acima de outros territórios certificados, o que evidencia a aposta que a RAM vem fazendo ao nível da sustentabilidade.
Mais informação sobre o processo e respetiva documentação pode ser obtida no website dedicado ao projeto: https://sustainableforall.visitmadeira.com/
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